O Governo Federal enviou, no dia 12 de março, ao Congresso um ofício prevendo um corte de R$ 7,7 bilhões no orçamento do Bolsa Família para 2025.
O documento, ainda não protocolado oficialmente, foi encaminhado ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI).
Os cortes fazem parte de um conjunto de ajustes necessários para a execução de outros programas do governo, como o Auxílio-Gás.
O Ministério do Planejamento elaborou o documento e incluiu um aumento de R$ 3 bilhões nos recursos destinados ao auxílio. Inicialmente, o orçamento previa apenas R$ 600 milhões para esse benefício.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, que assina o ofício, explicou que as mudanças “contemplam remanejamentos solicitados pelos órgãos interessados, em razão de repriorizações ou necessidades supervenientes”.
O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento, afirmou que a redução nos recursos do Bolsa Família tem como objetivo "sanear" o programa, eliminando beneficiários que recebem os repasses de forma irregular.
Ele reconheceu que a medida é "impopular", mas necessária.
“Vai ter um corte de R$ 8 bilhões para iniciar o saneamento, para expurgar aqueles que estão recebendo o Bolsa Família irregularmente”, declarou.
A votação do Orçamento deveria ter ocorrido no ano passado. No entanto, um impasse entre Legislativo e Judiciário sobre a liberação de emendas parlamentares travou a análise do texto.
Fonte:portaldeprefeitura